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Mostrando postagens de 2009

Dois poemas incompletos

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O Correio das Artes publicou dois poemas meus na edição mais recente, que chegou às bancas na última semana de outubro. Não considero os dois poemas completos; estão, por assim dizer, ainda em gestação e em mutação. Os dois poemas podem ser lidos acima, em fac-símile.

Correio das Artes

O Correio das Artes, suplemento literário de A União, jornal oficial do governo do Estado da Paraíba, completou aniversário - 60 anos - recentemente. Trata-se de um feito que deve ser comemorado: a extraordinária longevidade de uma publicação situada na província literária do Brasil. Comecei a escrever muito jovem exatamente neste suplemento. Seguem, abaixo, algumas de minhas despretensiosas recordações de idos tempos: Mal completara 16 anos de idade em 1977 e ainda estava na fase da vida na qual, feito o samba de Paulinho da Viola, o pai perguntou ao filho, futuro sambista, “se eu queria estudar filosofia, medicina ou engenharia”. Talvez quisesse ser poeta e escrevi alguns textos numa velha máquina italiana, enferrujada na dispensa da casa. Com os papéis dos primeiros poemas em mãos fui procurar o editor do “Correio das Artes”, Jurandy Moura, no sétimo andar no antigo prédio da reitoria (na lagoa). Óculos fundo de garrafa, poeta da geração de 59 e jornalista, Jurandy excedeu o gesto

de um guardanapo de papel a desenvolver

Jaldes Reis de Meneses Amores discretos são falsos Frágil luz baixa, réstia entrecruzada Dois vaga-lumes tênues, extenuados, Fogo fátuo prestes a apagar. Tênues, extenuados de jogar. Fogos de artifícios parnasianos. tesos, presos aparentando liberdade

mimeografo

Jaldes Reis de Meneses tinta seca (negra) de algum mimeografo. Agamenon desconfiado. Toda essa terra vai se consumir com seus mistérios. Não sabemos o que fazer com nada disso, senão esperar alguma ordem superior. Nada mais lembro, senão isso, mas havia um livro, nada mais que isso em minha primeira noite de um militante clandestino. Pensei: isso em algum dia distante, longe como um século ou menos que um dia, me dará argumento, já velho e distante, de cometer alguma distração, alguma irreverência, alguma loucura, alguma poesia.

um teste (work in progress)

Depois de certa idade, nada aprendo, Decifro e sou decifrado, assoviando aquela canção Que escutei na última sessão do cinema de meu bairro. Decifrar, menos que aprender, é mais encontrar.

René Char

Nossa herança não vem de nenhum testamento. René Char Todos os herdeiros devem se considerar bastardos, portanto, libertos.

Sobrevivente (teste de um primeiro fragmento, sujeito a alterações ou à crítica roedora dos ratos)

Jaldes Reis de Meneses I Calças boca de sino, sinto o cheiro de esgoto no chão, Eu tive um sonho estranho de morte, meu primeiro amante São dos anos setenta, a peste de meningite em São Paulo, Zero, Zé e Rosa, um barco a vela, uma chama de vela ou baseado. Tinha um ideal e não sabia bem qual era: diamantes comunistas Ou pedras de Calcutá? Os morangos estão mofados. Caio. Vai queimar, Lady Jane, meu amigo morreu tão cedo, Tinha apenas 16 anos no remoto ano de 1976. O lado direito Da face branca continha um discreto algodão posto por sua mãe, Dona Hemegarda , para disfarçar o pingo de sangue no nariz. Não foi alvejado por uma bala perdida, que não existia, Nem, caso sobrevivente, teve a ventura de recordar, barrigudo, Assistindo, às antigas fitas de super-8, o nosso filme de arte. Herberto.

Claro Enigma

Les événements m’ennuient P. Valéry - Epígrafe de “Claro Enigma”(Carlos Drummond de Andrade). In: Poesia Completa, Nova Aguilar, p. 246.

Michael Jackson

Jaldes Reis de Meneses Os inocentes abandonam a castidade, Um pezinho pisado em Neverland. A dança das pernas mais os gestos das mãos: Nunca lhe interessou ser preto nem branco Mas um corpo ereto de homem solto no ar. Os inocentes não sabem, pecam os nossos pecados, Mas os cínicos são preparados para durar mais tempo. Os inocentes simplesmente olham a água do lago, Vêm espelhados duendes e dumbos, guloseimas e fantasmas. Os inocentes não são de prestar atenção. Mal sabem os inocentes que todas as festas são bacanais, Nem que seja um beijo roubado ou um amor escondido. Já que um inocente partiu, melhor que ressuscitá-lo Em face de seu cadáver insepulto É respeitar o sono profundo do último barbitúrico. - Antecipar o encontro fatal no juízo final com Joe Jackson, para quê? - Pagar a dívida de remédios na farmácia, qual o sentido? - Receber a homenagem no show da Madonna, vale a pena? - Satisfazer a morbidez de um remoto fã brasileiro, qual o interesse? - Voltar atrás no ato de lucidez e

Neda

Jaldes Reis de Meneses Tenho comigo que as mulheres do Irã Mortas e espancadas no asfalto Pela polícia política do Aiatolá Khamenei Têm simplesmente um perfume de liberdade no sangue. Nenhuma arma: simplesmente um perfume de liberdade no sangue.

A universidade não é caso de polícia

Publico a seguir um texto de opinião de Vladimir Safatle a propósito dos lamentáveis acontecimentos de invasão policial do campus da USP, cumprindo uma ação equivocada da parte da Reitora da maior Universidade brasileira, esta incrível Suely Vilela, leitora de livros de autoajuda (não é brincadeira minha), que acionou um juiz de primeira instância argüindo uma inexistente insegurança e a possibilidade de depredação de patrimônio da parte de pessoas que se encontram todos os dias nos corredores, salas de aula de laboratórios da Universidade, professores, técnico-administrativo e estudantes. Pergunta-se: como pessoas que se encontram todos os dias de repente revelam um alto grau de periculosidade? Na verdade, há um mal-estar na Universidade, embora esteja longe de ser exclusividade dela: nas entrelinhas das relações cordiais, muitas vezes se esconde o preconceito ideológico, um sentimento de desforra que aparece na emersão do conflito. Raramente publico no blog artigos de outros autores,

Barcarola

Este poemeto surgiu de uma rápida conversa com a poeta e cantora Fidélia Cassandra, conhecida dos tempos de movimento estudantil em Campina Grande, na década de oitenta. A ideia é simples: apanhar a metáfora da viagem, constante na tradição poética, pelo menos, desde a Ilíada, e trazê-la da épica até os dias banais, dois movimentos combinados, já sugeridos, tanto pela saga de Ulisses como pela espera de Penélope. A espera e os dias banais, poesia lírica por dentro da épica. O título - Barcarola , canção dos gondoleiros de Veneza, no qual a cadência do verso procura reproduzir o compasso dos remos batendo nas águas -, nos foi sugerido por Fidélia, superando minha deficiência em títulos e sínteses. (Jaldes Reis de Meneses). x Barcarola Jaldes Reis de Meneses Fidélia Cassandra Se na ida o remo da barcarola raspa o chão, No retorno da maré ele volta mais fundo. Ainda mais: mesmo na epiderme Dos dias banais O que fizemos Retorna coisa abissal.

Chico de Oliveira no CCHLA

Professor Emérito da Universidade de São Paulo (USP) e um dos mais importantes intelectuais brasileiros vivos, Vice-Presidente da SUDENE nos tempos heróicos de Celso Furtado, autor de uma obra teórica fundamental para compreensão do Brasil contemporâneo, com títulos clássicos e uma vasta produção bibliográfica no qual se destacam, entre outros títulos, livros como “Crítica da Razão Dualista/O Ornitorrinco” e “Elegia para uma (Re)Religião/Noiva da Revolução”, o Professor Francisco de Oliveira estará no AUDITÓRIO 411, sexta-feira (29/05), às 09h00min horas, para pronunciar a palestra MARX E A CONDIÇÃO HUMANA. A promoção é conjunta entre o CCHLA e o SECTS (Setor de Estudos em Cidadania e Teoria Social do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social). No começo de maio, o filósofo Antonio Cicero esteve no CCHLA discorrendo sobre o CONCEITO DE NATUREZA HUMANA. Com Chico de Oliveira, o tema das mutações do humano continua a ordem do dia, pois na palestra, o professor deverá propor lançar

Dentro da mãe cereja

Impaciência da inteligência... Sorver as cores como as palavras...

Chico César

Acabei de chegar a casa começo da madrugada, depois de assistir a sessão de show de Chico César no Cineport (o festival de cinema de língua portuguesa que espero durar por longo tempo em João Pessoa). Belo espetáculo, apinhado de gente, denso, com uma banda super bem ensaiada, de sonoridade elétrica, é de tirar o chapéu a maneira de como a pequena figura do compositor nascido em Catolé do Rocha consegue, no palco, ser o centro das atenções. Trata-se de um doutor em palco, talvez o último grande nome da história da MPB, esse campo de estilos, melodias, ritmos, atitudes, que talvez já tenha cessado a fase áurea de seus fluxos de criação e interação. Não existem mais a indústria fonográfica nem o público universitário, essa estranha simbiose entre grana e política que deu suporte à MPB. Costumo separar MPB e música brasileira. Uma coisa não é precisamente igual à outra. A música no Brasil continua excelente, porém quem sabe a MPB já tenha falecido ou esteja nos estertores, na f

Antonio Cicero no CCHLA-UFPB: programação

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O quarto e O Leitor: polêmicas

Recebi um e-mail do professor Luiz Felipe Pondé, contestando a minha versão a propósito de sua interpretação do filme "O Leitor", que publico a seguir. Em sequência, respondo à Pondé. (Jaldes Reis de Meneses). O e-mail de Pondé: Caro Jaldes, Obrigado por dedicar um texto a minha coluna. Infelizmente vc faz uma analise equivocada e permeada por preconceitos tipicos de nossa epoca. 1. a analise que faço do filme e meu miniconto estao em profunda relação com criticas de gente como Hanna Arendt e Zygmunt Bauman, judeus como eu. Não se trata de um tema colateral, mas sim central. Sua leitura é estreita. 2. acreditar que autonomia é fato evidente no ser humano é acreditar em papai noel, sinto muito se meu trabalho estilhaça sua vsião de mundo; o tema ao qual me refiro nada tem de 'duvidoso', ele é questao central no debate dos dois autores referidos acima. 3. minha caracterização como 'conservador' é acompanhada de um relato seu do que seria essa tradição, que reve

O quarto e o leitor

Iluminismo e Totalitarismo: a propósito de um artigo de Luiz Felipe Pondé e do filme O Leitor , dirigido por Stephen Daldry Jaldes Reis de Meneses O reverso do que nós pensamos nos atrai - os que gostam de pensar, é claro -, com ele (o reverso) devemos criar o saudável hábito de estabelecer diálogo. Decifrar a esfinge antes que ela, jibóia, nos engula. Embora discorde, no mais das vezes, costumo prestar bastante atenção à coluna do teólogo e filósofo Luiz Felipe Pondé às segundas feiras no site do jornal Folha de S. Paulo. A escrita conservadora (esta a palavra exata) do autor é cortante a despertar quase sempre o meu fascínio, mesmo que montada sob o chão de uma espécie (irrefletida e involuntária) de fraude histórica e retórica monumental: a idéia de que o pensamento conservador moderno instaurou a dúvida metódica contra as pseudo "certezas" do iluminismo. Sucede que no plano da história ocorreu exatamente o inverso: a dúvida é que é iluminista contra as certezas da trad

O lado B da Bossa Nova

Em meu passado jaguaribense, havia a noção de B - segundo lado de um disco de vinil (com as pérolas que não tocavam no rádio), segundo caderno dos jornais (de cultura, ou nas pequenas cidades, o caderno dominical), plano B (em política ou na guerra, ação substitutiva quando a preferencial não deu certo). Pois há um lado "B" da bossa nova, tão boa quanto a batida de João Gilberto, os versos de Vinicius e as harmonias de Tom Jobim (gosto dos três e não vejo contradição irremediável entre o lado A e o lado B). O lado B talvez seja o lado mais democrático. O lado Carlos Lyra da bossa nova. O lado musical-instrumental, mais decibéis e mais metálico, do Sambajazz e do Sambalanço, de Silvio César e Wilson Simonal, de Lenny Andrade e Elza Soares, Sérgio Mendes e Pery Ribeiro, de Durval Ferreira e Maurício Einhorn. E João Donato, o ritmo latino da bossa nova! Roberto Menescal como mecanismo de passagem entre o lado A e do lado B. Caetano Veloso tem falado em Transamba. Ok, mas transam

Guardar

Gosto muito desse belo poema de Antonio Cicero. Como houve na semana que passa, um diálogo sobre temas como a posse de Barack Obama, Samuel Huntignton e o conceito de "sociedade aberta", resolvi, meio à toa e a esmo, postar o poema, também título de seu primeiro livro de poesias. "Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la". (Jaldes Reis de Meneses). GUARDAR Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro Do que um pássaro sem vôos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guar

Sobre Samuel Huntington

No dia de domingo (25/01/09) troquei uma série de mensagens por e-mail com o poeta e filósofo Antonio Cicero, provocado pela leitura de um post meu comentando um artigo escrito por ele sobre a posse de Barack Obama. O artigo de Cícero foi publicado em sua coluna na Folha de S. Paulo (24/01/09). As polêmicas giraram em torno da vasta obra do cientista político americano Samuel Huntington (que ficou mais famoso do já era por ter lançado no mercado de idéias a tese do “choque de civilizações”, na década de 1990, antes mesmo do antentado às Torres Gêmeas), mas abrange um raio de interesses temáticos mais amplos sobre a compreensão do conceito de “sociedade aberta” e o legado político da tradição liberal. Não faria sentido que o conteúdo de interesse contido na correspondência ficasse restrito aos interlocutores, por isso tomei a deliberação de divulgar, após a aquiescência de Antonio Cicero, o resultado sem fim (parafraseando o título do livro de Cicero sobre estética, Finalidades sem fim,

Sobre Samuel Huntington (II)

Caro Jaldes, temos percepções muito diferentes do Huntington. Eu jamais o chamaria de “liberal”. Considero-o um reacionário. Eu já o via assim em 1999, quando escrevi a primeira parte de um texto sobre “O choque de civilizações” para o “Mais”. Este, não o publicou, de modo que não cheguei a escrever a segunda parte. Envio-lhe essa primeira em apêndice. Para Huntington, a democracia liberal é possível no mundo anglo-protestante desde que, como ocorria na primeira metade do século XX nos Estados Unidos, a religião protestante a enquadre. Mas, no fundo, como fica claro nos seus últimos artigos, em particular naquele citado por mim, ele considera a sociedade aberta uma espécie de excrescência da Civilização Ocidental, um câncer que ameaça não só as demais civilizações, mas a própria sociedade em que surgiu. De fato, a sociedade aberta não pertence ao “Ocidente” ou a qualquer cultura particular. Simplesmente uma sociedade é tanto mais aberta quanto mais irrestrito for o uso que faça da ra

Sobre Samuel Huntington (III)

Prezado Antonio Cícero, Nós dois concordamos com a alcunha de reacionário em Samuel Huntington. Ele discordaria dos dois, pois nas oportunidades que teve de se pronunciar sobre o assunto, se dizia liberal. Ainda mais, como você sabe, Huntington sequer era quadro do partido Republicano e colaborou em várias administrações democratas. Falei alguma coisa sobre a sociologia das religiões de Weber no e-mail anterior e esqueci do principal. O extraordinário sociólogo alemão tinha no pensamento uma idéia de trazer para a Alemanha de Bismarck os institutos do regime político liberal (os elementos do regime parlamentarismo inglês e da democracia norte-americana), mas, desde que, estivessem integrados funcionalmente a um projeto nacional de “grande Alemanha”. Neste sentido, era como se ele fosse liberal por um lado e reacionário por outro. Na constelação das ideologias, uma ambigüidade realmente existente, se levarmos em consideração, por exemplo, as peripécias do liberalismo brasileiro, ontem e

Barack Obama

Gostei bem do artigo de Antonio Cicero, uma figura que admiro, publicado na Folha de S. Paulo de hoje (sábado, 24/01/09), sobre o otimismo das pessoas com a posse de Barack Obama. Foi uma linda festa. Acho que artigo de Cicero tem um achado feliz que praticamente nenhum comentarista que li sobre a posse tinha notado (falei a amigos, por coincidência, antes de ler o artigo de Cicero): o fato de Obama ter mencionado os ateus como parte da comunidade americana, na prática rompendo, marcando diferenças, com a santa aliança teológico-político (fundamentalistas cristãos e neoconservadores) que governou os Estados Unidos nos últimos oito anos. Afirmar que o discurso de posse de Obama não fez história é totalmente vesgo: como se discursos fossem apenas palavras e retórica e não ambiência, momento, interação, clima, emoção. O discurso de Obama foi sintético, com duas características: o novo presidente, ao contrário do que se pensava, aliás, foi frontalmente contra a orientação ideológica govern

O Brasil e a Crise; o PT e o desenvolvimento

Publico a seguir recente entrevista concedida pelo sociólogo Francisco de Oliveira à Agência Carta Maior. Retornarei, o mais breve que puder, aos dois principais e polêmicos assuntos tratados na entrevista, do meu ponto de vista, 1) a concepção marxiana (e schumpeteriana) de que o capitalismo "não se destrói, mas se supera" (recentemente, o poeta Ferreira Gullar afirmou uma coisa parecida, em sua coluna dominical na Folha de S. Paulo, 11/01/09, "o capitalismo não foi inventado por ninguém, surgiu espontaneamente"), como igualmente, 2) as possibilidades de re-editar no Brasil de 2010 uma coligação política desenvolvimentista nucleada por Dilma Rousseff, os fundos de pensão, o PT e outros partidos. Sem priorizar, no momento em que posto, o debate sobre o conceito de capitalismo, que tem a idade do próprio modo de produção e das chamadas ciências sociais - dois parceiros de jornada histórica moderna -, adianto, por impaciência, algumas linhas. A própria expressão -