Enquanto seu lobo não vem
Sobre as jornadas de junho Jaldes Meneses Nunca vou esquecer-me de junho de 2013. Fui a muitas passeatas, caminhadas e reuniões deste mês colorido e fabuloso. Estive no chão do assalto como se procurasse beijar a uma flor escondida. Vi ao meu lado, conversando comigo, o flaneur de Walter Benjamin (seu nome verdadeiro é Baudelaire em 1848, todos nós sabemos) e o gauche na vida de Drummond. Quanto ao jovem circunspecto, munido de uma cartolina e uma frase inteligente, não tive dúvidas: chama-se Guy Debord. Havia, numa encruzilhada da avenida, também um comício. Já sei: escutei palavras bonitas do novo Lênin do PSTU, quem sabe rumo à estação Finlândia? Adiantei-me ao ritmo da passeata. Uma moça parecida a uma Lolita postava uma mensagem com foto no Facebook a amigos brasileiros em curso de férias em Londres. Nada pensei. Preferi ficar mudo e apreciar a beleza. Isto é a felicidade, pois Vinicius está fazendo 100 anos. Voltei ao pelotão de trás. Os vândalos esta