Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2011

Política e Estado

Jaldes Reis de Meneses Nota inicial: Pretendo de vez em quando (talvez de mês e mês) aproveitar esta janela no WSCOM para dissertar, de maneira simples e com o mínimo de jargão possível, sobre alguns temas, conceitos e autores fundamentais do mundo em que vivemos. Quero escrever simples, mas com fundamento nas melhores idéias e autores. Talvez depois de alguns anos saia desses artigos um livro simples, composto de ensaios livres. Continuarei, é claro, nas demais semanas, a escrever sobre a conjuntura nacional e internacional, e algumas vezes sobre cultura. Como não poderia deixar de ser em meu caso, começo pela relação entre Política e Estado. O poeta Manuel Bandeira tem um verso que diz assim: não quero mais saber da poesia que não tenha a ver com libertação. Se alguém quiser saber qual o principal valor envolvido na atividade política, o poeta cantou o mote: a liberdade. Por isso, já sabiam os gregos – que foram os inventores do conceito de política, não da política propriamente dita

Na semana do Cineport, recordo Agostinho da Silva

Jaldes Reis de Meneses Começa esta semana em João Pessoa, ao que me parece em edição de tamanho menor, o IV Cineport (Festival de Países de Língua Portuguesa). Trata de um dos principais eventos do calendário cultural da cidade, um momento de cosmopolitismo lusitano em nossa província, às vezes desabituada, de tanto olhar para dentro das próprias vísceras, a pensar as coisas do mundo. Precisamos aprender as lições portuguesas, que sempre olharam para fora da Europa, deram as vistas para a África, a América e a Ásia, criando novas misturas e civilizações, dos trópicos à China. Há uma imagem gasta sobre os portugueses, mas tão verdadeira que virou senso comum: a atração dos portugueses pelo mar oceano, que na literatura acompanha a escrita, de Camões a Fernando Pessoa, até, pode-se dizer mais recentemente, um José Saramago, que na bela novela “Jangada de Pedra” radicalizou a tendência lusitana de buscar o mundo afora. Na novela de Saramago, quem dá adeus ao continente europeu, ao invés

O “Evento” do 11 de Setembro

Jaldes Reis de Meneses Rememora-se no mundo inteiro os acontecimentos do 11 setembro – o indiscutível feito histórico em que membros do grupo fundamentalista árabe Al-Qaeda, na posse de aviões civis de carreira, explodiram em ataque suicida as duas Torres do Word Trade Center (símbolo do capital financeiro) e do Pentágono (poder militar), antes lembrando que fracassou o ataque ao símbolo maior do poder político, o avião destinado à Casa Branca, não cumpriu o destino e espatifou-se numa fazenda, graças à ação heróica, de efeitos bastante reais, da própria tripulação do vôo 93 da United Airlines. Jamais o território americano no século XX, recém findo, tinha sido objeto de um ataque de guerra. De pronto, para surpresa de muitos, revelou-se que poderio norte-americano estava não estava de imediato a postos para o contra-ataque. A imediata reação não houve, mas sim uma nítida desorientação de comando, cujo emblema nítido chegou-nos através da imagem do presidente George W. Bush