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Mostrando postagens de abril, 2014

Sinal Amarelo

Jaldes Meneses             Passados 12 anos de comando no executivo federal começa a ficar claro uma fadiga do PT no poder. Antes de ser um mero problema eleitoral, trata-se de uma questão programática. O partido das lutas sociais e da reinvenção democrática do orçamento participativo exauriu-se. Parece que as esperanças emancipacionistas do passado se dissiparam e só restou ao partido a gerência do corrupto sistema de presidencialismo de coalizão brasileiro, de cujo condomínio de trocas com o PMDB, bem como o poder real adquirido pelo séquito caseiro de “operadores” ao estilo dos Andrés Vargas e doleiros generosos, é emblemático.             Deixo um pouco de lado os aspectos programáticos da fadiga do PT e, doravante, vou-me ater aos aspectos da correlação de forças eleitoral. A popularidade de Dilma caiu nas mais recentes pesquisas. A princípio, a queda poderia ser encarada como simples marola, pois tanto Fernando Henrique em 1998, como Lula em 2006, ambos em campanha de

AINDA 1964

Jaldes Meneses Detesto ser monotemático. Esta é a terceira coluna seguida que dedico ao golpe de 1964. Abunda motivos, isto porque o balanço sobre a tragédia de 1964 não acabou, este acontecimento continua significando uma “ferida” ainda não estancada que arde em céu aberto. Exatamente por isso, depois de 50 anos, o tema desperta paixões. Exumo esses acontecimentos por que continuam vivos. Mergulhei no mês de março na leitura obsessiva de praticamente tudo que foi publicado na imprensa e no mercado editorial a respeito do golpe de 1964. Há um pouco de tudo, desde o extraordinário e polêmico livro de Daniel Aarão Reis, “Ditadura e democracia no Brasil” ao sofrível caça-níquel “Ditadura à brasileira”, de Marco Antonio Villa. Com o passar inexorável do tempo vão mudando as percepções, e nestes 2014 parece que finalmente as vozes ainda recalcitrantes nos quartéis silenciaram. À exceção dos gatos pingados da paródica tentativa de reviver as “Marchas da Família”, a narrativa de di