O destino bate à porta
Jaldes Meneses No dia em que a presidente eleita Dilma Rousseff tomou posse no primeiro mandato (01/01/11), sucedendo Lula na condição de ungida do Rei consagrada pela vontade popular, escrevi para a revista Nordeste um artigo de previsão chamado “A transição suave”, no qual sugeria a possibilidade de haver dois destinos de Estado à nova presidente. Parafraseando Maquiavel, se a Deusa da Fortuna - depois do sofrimento da tortura na ditadura - não faltou ao encontro com Dilma, a verdadeira prova dos nove seria o desafio de virtu na direção de um Estado. Até brinquei, o destino de Dilma seria dobrar a aposta do Lulismo (André Singer exagerava em otimismo, prevendo um novo “alinhamento político” que pudesse resultar num New Deal brasileiro deslocado no tempo e no espaço) ou se transformar numa espécie, certamente mais simpática e charmosa, de “General Dutra de saias”. Fui o primeiro a prever, em janeiro do ano passado, que 2015 seriam um daqueles anos que nunca terminam. Não quero