O Brasil é Oswald Spengler
Jaldes Meneses Aonde chegamos em termos de exotismo, extravagância e excesso! O governo Bolsonaro nem é mais uma ideia fora do lugar, mas uma ideia fora do tempo. Em conhecida frase, Keynes dizia que o político prático irrefletidamente fala pela boca de algum economista morto. Aduziria à lição keynesiana, o intelectual subalterno, adulador. O chanceler escolhido das relações exteriores pelo governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, escreve artigos recuperando velhas teorias da história. Acabei de ler o elogio delirante e subdesenvolvido que o novo ministro dedicou a Donald Trump. Trata-se de um texto repleto de expressões como “Deus imanente na história”, “cristianização da política”, etc. Em linha com a moda da nova direita irracionalista internacional, as notas do futuro chanceler misturam, através de fontes secundárias confusamente assimiladas, o último Nietzsche com uma aparente crítica a teoria da história do progresso de Hegel, que mesmo assim mantém-se, agora pervertida