Porteiro do Inferno
Jaldes Reis de Meneses
O demiurgo
Fita o aço gusa de ferro velho,
Imagina o maçarico torneado,
Esculpindo, cinzelando em fogo-fátuo.
Bate o martelo no trabalho metalúrgico
Das formas minerais.
Acabado o trabalho de poiésis,
Ganha a vocação de rua,
Em nome da liberdade, estátua de ferro.
Provoca a um estranhamento
No chão circundante do asfalto
No qual voamos do nada a coisa nenhuma
– Asfalto liso sem a tua beleza desmedida.
Pousa leve no centro da praça,
Descansa em paz, suave pluma de aço.
Honra o nome de quem te criou
Em noites e madrugadas a fio, até
O galo cantar um nome próprio, indivíduo
Feito João, José ou Maria:
Porteiro do Inferno.
Humano, demasiado humano.
Jaldes Reis de Meneses
O demiurgo
Fita o aço gusa de ferro velho,
Imagina o maçarico torneado,
Esculpindo, cinzelando em fogo-fátuo.
Bate o martelo no trabalho metalúrgico
Das formas minerais.
Acabado o trabalho de poiésis,
Ganha a vocação de rua,
Em nome da liberdade, estátua de ferro.
Provoca a um estranhamento
No chão circundante do asfalto
No qual voamos do nada a coisa nenhuma
– Asfalto liso sem a tua beleza desmedida.
Pousa leve no centro da praça,
Descansa em paz, suave pluma de aço.
Honra o nome de quem te criou
Em noites e madrugadas a fio, até
O galo cantar um nome próprio, indivíduo
Feito João, José ou Maria:
Porteiro do Inferno.
Humano, demasiado humano.
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