Uma Dançarina Andaluza

Jaldes Reis de Meneses

Boa noite estrelada de poesia
Menina soneto de Camões,
Musa extemporânea de Bandeira
E de todos os excessos de Vinicius.

Eu digo a você, moça mundana:
A fábula do mundo todo cabe em um poema
Ou no corpo de uma dançarina andaluza
De olhos grandes e carne branca.

Não sei se você sabe quem é você, ou se agora finjo,
Fingidor, a mais uma fantasia:
A pureza de uma menina vestida
Na alma de uma dançarina andaluza.

Você nada é, mas ao mesmo tempo é bruma
E cerração é tudo, pois nada é senão
Os passos derrapantes de uma dançarina
Entre a cordilheira e o abismo.










Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vinícius de Moraes: meu tempo é quando

Colômbia: 100 anos de solidão política

Gramsci: A Filosofia Política do Conceito de Relações de Força (trechos)