Crise Americana (i)

Tá se vendendo como ousadia na imprensa o fato de o FED ter cortado antes de ontem 0,75 pontos na taxa báscia de juros. Bobagem. Os juros ainda vão cair mais nos Estados Unidos. A "fonte" de nossa afirmação é bastante simples, vem do próprio diagnóstico do FED sobre a crise: eles supõem, corretamente, aliás, que o problema da economia americana não é a inflação, que está controlada, mas, o inverso, uma possível depressão dos preços. O conteúdo da crise atual, portanto, dista, no invólucro, da de 1972-74, quando tivemos, talvez pela primeira vez na economia capitalista, um misto de estagnação e inflação. Vale lembrar, no caso, que se estava saindo de uma longa fase de políticas anticiclicas keynesianas, bem distinto do atual, em que, embora a máquina militar (neokeynesiana) esteja moendo no Iraque e Afeganistão, a economia mundial passou por um processo de desregulamentação radical do sistema financeiro. Passei um tempo sem escrever sobre conjuntura econômica, mas como economia passou a ser, novamente, um assunto repleto de emoções, passo a acompanhar, na medida do tempo, os lances da economia norte-americana e mundial. (Jaldes Reis de Meneses)

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