Cuba e Haiti

Escrevi aqui no blog e na coluna do wscom (19/02/08): "Existe, por seu turno, digamos, a “alternativa Haiti”, e o que quero conjecturar com isso? Uma guerra civil, fratricida, descontrolada, das forças políticas em contenda, desde o PC até a migração aquartelada em Miami, travada em termos de África Central e Subsaariana, levando ao final da guerra sem quartel à desorganização da sociedade cubana. As pessoas se espantam quando menciono a esta hipótese, nem sei bem o motivo. É difícil Cuba fazer às vezes do Haiti, mas se dizia algo parecido sobre a Alemanha antes da ascensão do nazismo, ou que o conflito étnico e religioso havia desaparecido na Europa antes do episódio de retorno à guerra entre a Sérvia e a Bósnia (ocorrido depois da fragmentação da Iugoslávia de Tito, começo dos anos 90)."

Escreve o sociólogo Emir Sader, na revista semanal "Carta Capital" (27/02/08): "Mas não se coloca a hipótese de acabar com o regime socialista. Até porque, para os cubanos, não é como aconteceu com os habitantes do Leste Europeu, que sonhavam que seus países se tornassem uma França ou Alemanha. A perspectiva para Cuba sem o socialismo é ser um Haiti, o que ninguém por lá deseja."

Comentários

Brayner disse…
É preciso pensar! Nunca devemos parar de nos questionar sobre o país que vivemos, nosso continente, nosso planeta. Até quando seremos o país da "dança dos famosos do Faustão"? Até quando seremos o país do futebol e do carnaval e do BBB? Até quando...? Obrigado Professor Jaldes pela oportunidade que seus textos no traz. Brayner Tavares ex aluno do Professor Jaldes e graduado em História pela UFPB

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