Maria, 68

Maria, a musa tatuada do Mestre,
Uma combinação serpenteada
Dos que juntam a rima à causa.
Dançarina fardada de negro
- ou de azul? – tem uma metafísica
Além do bem e do mal, musa de todas
As Madalenas extemporâneas.

Quero que fique exposta ao sol
Como um penduricalho, um brincante,
Um babilaque tremendo ao vento,
Um fetiche. Um parangolé pós-moderno.
Quero você sozinha na multidão, Maria,
A multidão é sua tribo, a sua política
Sem partido tem exclusivamente lado.

(Jaldes Reis de Meneses)

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