Mensagem de Camões a Pessoa
Jaldes Reis de Meneses
Não devo nada a ninguém, meu coração bate por si mesmo.
Incerto, carrego as badaladas no ritmo do desassossego,
A sincopa cadenciada e ao mesmo tempo apressada do medo.
Temo morrer a cada movimento prático, deixo de ser escravo
De minha própria covardia somente quando escrevo.
A fantasia socorre a quem pede na hora do aperto.
Todavia, a fantasia da poesia é como um sonho desperto,
Em vez da alegria, o mau agouro do velho de Restelo:
Na fala da liberdade é gravado em azulejo o pesadelo.
Não devo nada a ninguém, meu coração bate por si mesmo.
Incerto, carrego as badaladas no ritmo do desassossego,
A sincopa cadenciada e ao mesmo tempo apressada do medo.
Temo morrer a cada movimento prático, deixo de ser escravo
De minha própria covardia somente quando escrevo.
A fantasia socorre a quem pede na hora do aperto.
Todavia, a fantasia da poesia é como um sonho desperto,
Em vez da alegria, o mau agouro do velho de Restelo:
Na fala da liberdade é gravado em azulejo o pesadelo.
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