Não tenho medo da morte

Devo um comentário, Epicuro, sobre a mais recente canção de Gilberto Gil, motivo de uma interessante discussão coletiva, em um recente grupo de estudos informal de amigos. Desde já, acho que a nova canção de Gil sobre a morte e o morrer nasce clássica, uma de suas grandes canções em todos os tempos desse artista brilhante, genial. Poucas canções nasceram clássicas ao surgir, menos ainda atualmente, época na qual inexiste qualquer espaço de compartihamento coletivo de canções, dado que a indústria fonográfica e seu sistema de divulgação implodiu totalmente. Em 100 ou 150 anos, Gil será lembrado por Procissão, Preciso falar com Deus e Não tenho medo da morte. A grande poética do compositor baiano, nosso ex ministro da cultura, no fundo, é íntima da metafísica da morte, às coisas da transcendência, tanto quanto, por exemplo, Schopenhauer. Nosso grande compositor da transendência, Gil. Preciso comentar "Banda nova cordel", um estranho CD (aberto para divulgação na internet), um conteúdo ao mesmo tempo de canções que nascem clássicas (Não tenho medo de morrer, Outros viram e Máquina de ritmo), belas (Canô) e outras banais (Despedida de solteira). Como explicar tudo ao mesmo tempo agora? (Jaldes Reis de Meneses).

Comentários

Anônimo disse…
A letra desta canção,pode até ser boa, mas não chega a clássica, para mim. É que me parece que está em contradição com o Gil espiritual que eu tanto admiro - mas, que não deixa de ser humano, admito. Visto por esse lado, quem sabe? Clássico mesmo - e escrevo influencido por esse disco - é o Gil Iluminado - um primor! E esse Gil de "Não tenho medo da morte" não me parece tão iluminado assim... Um tanto decepcionante.

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