Papéis Falsos
Jaldes Reis de Meneses
Professor dos Programas de Pós-Graduação em História e Serviço Social (UFPB).
E-mail: jaldesm@uol.com.br.
Blog: http://www.jaldes-campodeensaio.blogspot.com/.
Duas cenas clássicas que vimos em filmes documentários antigos ainda não se apresentaram na atual crise do capitalismo: correntistas suicidas em Wall Strett, desesperados, se atirando do alto do prédio da bolsa de valores, como também o protesto social anticapitalista de trabalhadores, em passeata ou em greve geral, empunhando os duros símbolos psicanalíticos da realidade que são os espectros da foice e do martelo.
A cena do correntista (ou do banqueiro) suicida talvez aconteça a qualquer momento. Quanto à produção do trabalho como antagonista do capital, discernirmos um paradoxo, ou seja, a presença de uma ausência como a pretender encenar a asséptica dupla face de uma mesma moeda: uma grande crise do capitalismo sem antagonista político visível, conquanto no mesmo drops (de ectasay?) desmorone a chamada ideologia neoliberal dos mercados. Contudo, a história é aberta e apronta surpresas, do bojo da crise pode emergir – por quem sabe responder ao que fazer – o protagonismo de novos movimentos e símbolos radicais.
Sempre é penoso olhar olho no olho o fundo da tragédia. Na ausência da épica dos enfrentamentos diretos do trabalho contra o capital, ao distinto público passivo é servido, em satélite, a ópera bufa encenada pelos três patetas, George W. Bush, Jonh McCain e Barak Obama, regidos pelos desafinados maestros Henry Paulson [Secretário do Tesouro] e Ben Bernanke [Presidente do Federal Reserve]. No vai-e-vem da crise, certamente as instâncias do mercado, governo e parlamento acertarão os ponteiros, finalmente aprovando os tais 700 bilhões de dólares em socorro da bancarrota do sistema financeiro. Mesmo assim, a tragédia nos será servida na forma da ópera-bufa dos três aloprados circunstanciais, elevados ao andar da “grande política” como gente pequena, mais pela fortuna do que pela virtu (de relance, rememorando a célebre formulação de Maquiavel em O príncipe).
Os sonhadores todos os matizes, da esquerda à direita no debate econômico mundial – quem pode deixar de sonhar nas horas difíceis? –, repetem feito papagaio que a crise ainda se encontra no começo; que é inevitável passar pela recessão, mas escapar da depressão, desde que se adote – simples assim –, novas regras de supervisão e regulação; desde que desçam do céu novas lideranças, da estripe de um Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), repleto de idéias de salvação do mundo, munido de uma política econômica semelhante ao New Deal (1932-1939).
A propósito de anjos da anunciação, cabem dois comentários maldosos:
▪ Menos mal que a inteligentsia mundial espere a descida de Roosevelt dos céus como um anjo, pois, em aberta dissidência subliminar, a chanceler alemã, Angela Merkel, parece eleger o anjo hitlerista do apocalipse, a deduzir de suas diatribes racistas fora de hora contra “a dominação anglo-saxã” dos mercados globais (http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u411047.shtml).
▪ A crise de inteligência histórica hoje é abissal. Esquece-se que a composição de forças políticas e sociais do New Deal esteve distante de ser pacifica. Roosevelt não teve sossego nem chegou precisamente a encetar a um “grande acordo nacional”, embora tenha sabido usar as brechas abertas nos meios de comunicação de massas (o cinema e o rádio). Por contraditório, no fogo do processo, o grande capital – financeiro e industrial – jamais apoiou fervorosamente o New Deal. Afirmá-lo é simplesmente construir uma mitologia à posteriori.
Todavia, o New Deal granjeou apoios inesperados. Esteve com as políticas econômicas de Rooselvelt a parcela mais representativa do movimento operário e do PC norte americano (portanto, o cortejo de intelectuais ligados ao Partido, a exemplo de Paul Sweezy e da redação da Monthly Review, histórica revista da esquerda americana). Em contraponto, não se deve omitir o fato que o acordo social do New Deal foi vivido como tormenta repressiva pelos que ousaram empunhar a bandeira da dissidência. O cassetete da polícia foi bastante ativo (quem quiser provar a literatura indireta da tormenta, aconselho a leitura do belo poema fúnebre de Allem Grinsberg em memória da mãe – Kaddish). Sem delongas, o fato é que, já em 1939, as bases econômicas do New Deal estavam totalmente erodidas e sob a pesada crítica do Partido Republicano.
Na verdade, o episódio que salvou a economia americana foi a Segunda Guerra Mundial, por meio do superaquecimento das encomendas da indústria bélica, num inusitado encontro das teorias de manejo do fundo público de Keynes com as prédicas mais apocalípticas de Rosa Luxemburgo sobre a acumulação destrutiva do capital.
Em tudo na vida há um balsamo. Sem sombra de qualquer dúvida, passados quase dois agitados séculos em que se manifestou – aí por volta de 1826 – o fenômeno da fase de depressão dos ciclos econômicos capitalistas, a teoria econômica deu saltos.
A analítica das crises começou pela pena de um dissidente: Marx, um pensador lido com a devida vênia pelos especuladores inteligentes como George Soros – “ando lendo Marx e há muitas coisas interessantes no que ele diz” (http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/entrevistas/a-crise-do-capitalismo-e-a-importancia-atual-de-marx) –, além de acadêmicos conservadores insuspeitos de qualquer simpatia com o socialismo, a exemplo de Schumpeter – “Karl Marx foi o primeiro (...) a formular corretamente a questão fundamental [das crises e do futuro do capitalismo] em termos científicos...”, vale dizer, sem trocar nem confundir “prognóstico” com desejo de “preferência”. (Joseph A. Schumpeter, Ensaios, Lisboa, Celta, p. 188).
Em resumo, Marx reformulou a teoria do valor-trabalho procedente da economia política clássica (Smith e Ricardo). Nele, assim como na econômica política clássica, o trabalho é a fonte de toda riqueza humana; contudo, no capitalismo, a classe proprietária dos meios de produção (fábricas, máquinas, terra, etc.) pode contratar o único fator produtivo vivo, realmente que pode gerar mais-valor, lucro, a força social do trabalho dos despossuídos de meios de produção. Contudo, Marx foi além: ao analisar o processo capitalista em sua inteireza (produção e reprodução social), percebeu um movimento incessante de transformação do valor-trabalho em dinheiro, até alcançar os píncaros de um capital-fictício cuja teleologia baseia-se em papéis sem outro lastro senão o poder finalístico do Estado em emitir moedas e títulos públicos. Por isso, o fiador de toda e qualquer especulação sempre é o Banco Central, e a farra da desregulação financeira dos mercados teve, durante duas décadas ininterruptas, o seu saxofonista, hoje aposentando na emissão de notas, Mr. Alan Greenspan, aquele da “exuberância irracional dos mercados”.
Atualíssimo em ajudar a explicar os fundamentos da riqueza virtual de Wall Srett, Marx está a nos alertar que, através do crédito estatal e da especulação, o movimento de transformação do trabalho em moeda é substituído pelo alargamento alucinado da base monetária (a questão dos derivativos, do sub-prime, etc.). Embora notação polêmica, talvez a chamada lei do valor (a lei da produção mercantil capitalista) seja desprovida de qualquer atributo de designação à priori do conteúdo político das classes, devendo ser compreendida mais como lei de movimento do circuito de produção, distribuição, consumo, entesouramento e “fictização” da riqueza. Portanto, pode até não ter lugar imediatamente uma revolta do trabalho, mas a análise de Marx é imprescindível na compreensão da crise.
Vale à pena observar que Marx estudou as crises do capitalismo em seu período concorrêncial (da primeira revolução industrial até, no máximo, a grande depressão de 1876/92), numa fase histórica em que o fenômeno dos ciclos de crise emergiu de maneira selvagem. De lá para cá, pencas de economistas se debruçaram sobre o tema, formulando elementos práticos de uma teoria, dia-a-dia mais sofisticada, de gestão das crises.
Na galeria de honra dos economistas, avulta a figura central de Keynes, especialmente as contribuições geniais do papel anticiclico da gestão planejada entre a capacidade ociosa das empresas e a demanda agregada dos consumidores, a crítica ao caráter deletério da riqueza fictícia e, last but not least, as intervenções saneadoras do Estado nos surtos de especulação financeira, chamando o feito à ordem. Por demorado, encerro o presente artigo com uma pergunta que faz pensar. Eficazes, as economias políticas de matriz keynesianas padecem, no entanto, de um sério defeito de fabricação, a merecer reflexão: as políticas keynesianas têm a propriedade de prolongar o ciclo econômico (por isso são chamadas de políticas anticíclicas), mas não logram instaurar, per si, isolado dos fatores gerais da correlação de forças políticas e sociais, um ciclo econômico novo. Foi assim que os mesmos Estados Unidos “prolongaram” a possibilidade do acontecimento de uma recessão no começo dos anos 60 até o final da década. Neste ínterim, residem a força e a fragilidade da base conceptual do keynesianismo. E agora, José, que a festa acabou?
Professor dos Programas de Pós-Graduação em História e Serviço Social (UFPB).
E-mail: jaldesm@uol.com.br.
Blog: http://www.jaldes-campodeensaio.blogspot.com/.
Duas cenas clássicas que vimos em filmes documentários antigos ainda não se apresentaram na atual crise do capitalismo: correntistas suicidas em Wall Strett, desesperados, se atirando do alto do prédio da bolsa de valores, como também o protesto social anticapitalista de trabalhadores, em passeata ou em greve geral, empunhando os duros símbolos psicanalíticos da realidade que são os espectros da foice e do martelo.
A cena do correntista (ou do banqueiro) suicida talvez aconteça a qualquer momento. Quanto à produção do trabalho como antagonista do capital, discernirmos um paradoxo, ou seja, a presença de uma ausência como a pretender encenar a asséptica dupla face de uma mesma moeda: uma grande crise do capitalismo sem antagonista político visível, conquanto no mesmo drops (de ectasay?) desmorone a chamada ideologia neoliberal dos mercados. Contudo, a história é aberta e apronta surpresas, do bojo da crise pode emergir – por quem sabe responder ao que fazer – o protagonismo de novos movimentos e símbolos radicais.
Sempre é penoso olhar olho no olho o fundo da tragédia. Na ausência da épica dos enfrentamentos diretos do trabalho contra o capital, ao distinto público passivo é servido, em satélite, a ópera bufa encenada pelos três patetas, George W. Bush, Jonh McCain e Barak Obama, regidos pelos desafinados maestros Henry Paulson [Secretário do Tesouro] e Ben Bernanke [Presidente do Federal Reserve]. No vai-e-vem da crise, certamente as instâncias do mercado, governo e parlamento acertarão os ponteiros, finalmente aprovando os tais 700 bilhões de dólares em socorro da bancarrota do sistema financeiro. Mesmo assim, a tragédia nos será servida na forma da ópera-bufa dos três aloprados circunstanciais, elevados ao andar da “grande política” como gente pequena, mais pela fortuna do que pela virtu (de relance, rememorando a célebre formulação de Maquiavel em O príncipe).
Os sonhadores todos os matizes, da esquerda à direita no debate econômico mundial – quem pode deixar de sonhar nas horas difíceis? –, repetem feito papagaio que a crise ainda se encontra no começo; que é inevitável passar pela recessão, mas escapar da depressão, desde que se adote – simples assim –, novas regras de supervisão e regulação; desde que desçam do céu novas lideranças, da estripe de um Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), repleto de idéias de salvação do mundo, munido de uma política econômica semelhante ao New Deal (1932-1939).
A propósito de anjos da anunciação, cabem dois comentários maldosos:
▪ Menos mal que a inteligentsia mundial espere a descida de Roosevelt dos céus como um anjo, pois, em aberta dissidência subliminar, a chanceler alemã, Angela Merkel, parece eleger o anjo hitlerista do apocalipse, a deduzir de suas diatribes racistas fora de hora contra “a dominação anglo-saxã” dos mercados globais (http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u411047.shtml).
▪ A crise de inteligência histórica hoje é abissal. Esquece-se que a composição de forças políticas e sociais do New Deal esteve distante de ser pacifica. Roosevelt não teve sossego nem chegou precisamente a encetar a um “grande acordo nacional”, embora tenha sabido usar as brechas abertas nos meios de comunicação de massas (o cinema e o rádio). Por contraditório, no fogo do processo, o grande capital – financeiro e industrial – jamais apoiou fervorosamente o New Deal. Afirmá-lo é simplesmente construir uma mitologia à posteriori.
Todavia, o New Deal granjeou apoios inesperados. Esteve com as políticas econômicas de Rooselvelt a parcela mais representativa do movimento operário e do PC norte americano (portanto, o cortejo de intelectuais ligados ao Partido, a exemplo de Paul Sweezy e da redação da Monthly Review, histórica revista da esquerda americana). Em contraponto, não se deve omitir o fato que o acordo social do New Deal foi vivido como tormenta repressiva pelos que ousaram empunhar a bandeira da dissidência. O cassetete da polícia foi bastante ativo (quem quiser provar a literatura indireta da tormenta, aconselho a leitura do belo poema fúnebre de Allem Grinsberg em memória da mãe – Kaddish). Sem delongas, o fato é que, já em 1939, as bases econômicas do New Deal estavam totalmente erodidas e sob a pesada crítica do Partido Republicano.
Na verdade, o episódio que salvou a economia americana foi a Segunda Guerra Mundial, por meio do superaquecimento das encomendas da indústria bélica, num inusitado encontro das teorias de manejo do fundo público de Keynes com as prédicas mais apocalípticas de Rosa Luxemburgo sobre a acumulação destrutiva do capital.
Em tudo na vida há um balsamo. Sem sombra de qualquer dúvida, passados quase dois agitados séculos em que se manifestou – aí por volta de 1826 – o fenômeno da fase de depressão dos ciclos econômicos capitalistas, a teoria econômica deu saltos.
A analítica das crises começou pela pena de um dissidente: Marx, um pensador lido com a devida vênia pelos especuladores inteligentes como George Soros – “ando lendo Marx e há muitas coisas interessantes no que ele diz” (http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/entrevistas/a-crise-do-capitalismo-e-a-importancia-atual-de-marx) –, além de acadêmicos conservadores insuspeitos de qualquer simpatia com o socialismo, a exemplo de Schumpeter – “Karl Marx foi o primeiro (...) a formular corretamente a questão fundamental [das crises e do futuro do capitalismo] em termos científicos...”, vale dizer, sem trocar nem confundir “prognóstico” com desejo de “preferência”. (Joseph A. Schumpeter, Ensaios, Lisboa, Celta, p. 188).
Em resumo, Marx reformulou a teoria do valor-trabalho procedente da economia política clássica (Smith e Ricardo). Nele, assim como na econômica política clássica, o trabalho é a fonte de toda riqueza humana; contudo, no capitalismo, a classe proprietária dos meios de produção (fábricas, máquinas, terra, etc.) pode contratar o único fator produtivo vivo, realmente que pode gerar mais-valor, lucro, a força social do trabalho dos despossuídos de meios de produção. Contudo, Marx foi além: ao analisar o processo capitalista em sua inteireza (produção e reprodução social), percebeu um movimento incessante de transformação do valor-trabalho em dinheiro, até alcançar os píncaros de um capital-fictício cuja teleologia baseia-se em papéis sem outro lastro senão o poder finalístico do Estado em emitir moedas e títulos públicos. Por isso, o fiador de toda e qualquer especulação sempre é o Banco Central, e a farra da desregulação financeira dos mercados teve, durante duas décadas ininterruptas, o seu saxofonista, hoje aposentando na emissão de notas, Mr. Alan Greenspan, aquele da “exuberância irracional dos mercados”.
Atualíssimo em ajudar a explicar os fundamentos da riqueza virtual de Wall Srett, Marx está a nos alertar que, através do crédito estatal e da especulação, o movimento de transformação do trabalho em moeda é substituído pelo alargamento alucinado da base monetária (a questão dos derivativos, do sub-prime, etc.). Embora notação polêmica, talvez a chamada lei do valor (a lei da produção mercantil capitalista) seja desprovida de qualquer atributo de designação à priori do conteúdo político das classes, devendo ser compreendida mais como lei de movimento do circuito de produção, distribuição, consumo, entesouramento e “fictização” da riqueza. Portanto, pode até não ter lugar imediatamente uma revolta do trabalho, mas a análise de Marx é imprescindível na compreensão da crise.
Vale à pena observar que Marx estudou as crises do capitalismo em seu período concorrêncial (da primeira revolução industrial até, no máximo, a grande depressão de 1876/92), numa fase histórica em que o fenômeno dos ciclos de crise emergiu de maneira selvagem. De lá para cá, pencas de economistas se debruçaram sobre o tema, formulando elementos práticos de uma teoria, dia-a-dia mais sofisticada, de gestão das crises.
Na galeria de honra dos economistas, avulta a figura central de Keynes, especialmente as contribuições geniais do papel anticiclico da gestão planejada entre a capacidade ociosa das empresas e a demanda agregada dos consumidores, a crítica ao caráter deletério da riqueza fictícia e, last but not least, as intervenções saneadoras do Estado nos surtos de especulação financeira, chamando o feito à ordem. Por demorado, encerro o presente artigo com uma pergunta que faz pensar. Eficazes, as economias políticas de matriz keynesianas padecem, no entanto, de um sério defeito de fabricação, a merecer reflexão: as políticas keynesianas têm a propriedade de prolongar o ciclo econômico (por isso são chamadas de políticas anticíclicas), mas não logram instaurar, per si, isolado dos fatores gerais da correlação de forças políticas e sociais, um ciclo econômico novo. Foi assim que os mesmos Estados Unidos “prolongaram” a possibilidade do acontecimento de uma recessão no começo dos anos 60 até o final da década. Neste ínterim, residem a força e a fragilidade da base conceptual do keynesianismo. E agora, José, que a festa acabou?
Comentários
Não vou comentar aqui o comentário propriamente dito. Vou deixar para os mais compenetrados dos muitos que navegam por essas bandas.
Apenas quero enfatizar o estilo diferenciado do professor Jaldes Meneses (figura das mais preparadas teoricamente falando, desde os velhos tempos de admiração ou alinhamento albanês).
Cara de moço, voz debutante, mas, um volume de conhecimento e flexão dos mais apurados.
Consegue em meio a sua erudição, transformar a leitura num exercício saboroso e provocante.
Ler ou ouvir o professor é algo mais... é viajar, mas, não pensem besteiras, falo de viagens verdadeiras, que tem partida, ida e chegada. Vale a pena!
Se quiser mais, acesse www.eliezergomes.com