Coringas

Jaldes Reis de Meneses

Boa noite estrelada de poesia
Menina soneto de Camões,
Musa extemporânea de Bandeira
E de todos os excessos de Vinicius.

Pretendo que as minhas orelhas
Abriguem a uma estrela
Enquanto você grava nos seios
Os passos de uma bailarina.

No pulso, encontrei outro passado
Inscrito em vermelho e ouro
Fluido como uma nota musical.

Ao poeta desinteressa a serpentina
Caída de seus antigos coringas.
Pus a tinta na agulha e fechei a cortina.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha

Vinícius de Moraes: meu tempo é quando

Colômbia: 100 anos de solidão política