Sobre Radegundis e Mário

Recebi um gentil e-mail do professor, jornalista e produtor musical Carmélio Reynaldo, que reproduzo a seguir, com a informação que o músico Radegundis Feitosa e o físico Mário Assad, grandes figuras humanas, cuja morte precoce consternou a toda uma legião de amigos e admiradores, se conheceram em vida. Escrevi há poucos dias um despretensioso artigo no qual em certa passagem afirmo ignorar o provável encontro pessoal entre os dois, ademais, acontecimento perfeitamente possível, visto que ambos trabalharam anos a fio num ambiente comum, o campus da UFPB. Carmélio narra a circunstância lúdica em que se conheceram, dissipando a dúvida. Reiterando o Padre Antonio Vieira, citado no artigo, “os discursos que em viu [Carmélio] são profecias”. (Jaldes Reis de Meneses).

Jaldes,
li seu artigo sobre essas duas grandes figuras que perdemos e, sem
querer retocar o irretocável, respondo à questão se eles se conheciam.
Sim. Aliás, Mário uma vez me contou que estava em um bar em Belo
Horizonte e um grupo de choro que ele não conseguia ver por causa da sua
cadeira atrás de uma coluna estava tocando de forma magistral. Aí ele
perguntou a um dos seus amigos qual era o grupo. Resposta: "O grupo não
sei, mas o do trombone é o melhor trombonista do Brasil, Radegundis
Feitosa". O resto dá para imaginar, com eles se encontrando e aquela
inesquecível gargalhada ecoando pelo ambiente.

e-braço,
Carmélio

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