A verdade do poema
“(...) uma das poucas
ocasiões em que conseguimos romper a cadeia utilitária cotidiana é quando,
concedendo a um poema a concentração por ele solicitada, permitimos que nosso
tempo seja regido pelo poema. Configura-se então um tempo livre, Istoé, um
tempo que já não se encontra determinado pelo princípio do desempenho. Afinal,
a rigor, o poema não serve para nada. Ou bem a leitura de um poema recompensa a
si própria, isto é, vale por si, ou bem ela não vale absolutamente nada”.
In: Cicero, Antonio. Poesia e filosofia. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 2012.
Comentários