As disputas eleitorais de 2012
Artigo publicado em minha coluna no Jornal da Paraíba, em 08/07/2012.
Jaldes Meneses
As eleições municipais serão de reiteração do sistema de partidos políticos vigentes – à exceção importante do Rio de Janeiro (RJ), município do qual a contenda principal se apresenta no inusitado duelo de Davi contra Golias, entre a amplíssima coligação de quase todos os partidos da base do governo federal, reunidos em torno do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e a novidade de Marcelo Freixo (PSOL), que mesmo sendo filiado a um partido antissistêmico, conseguiu denso apoio social, a exemplo dos compositores Caetano Veloso e Chico Buarque. Só o futuro dirá se nascerá algum movimento instituinte no Rio, ou se a polarização é simplesmente local.
Sem dúvida, a principal disputa sistêmica continua a acontecer em São Paulo, entre PT (Haddad) e PSDB (Serra), na qual o ex-presidente Lula ideou de fazer uma renovação de quadros do PT a partir do alto, jogando o prestígio de sua liderança em uma perigosa cartada. Qual? Não há dúvida que o PT será o partido que mais vai crescer em números absolutos, contudo, qualquer deslize (bastante provável) na “jóia da coroa”, será saudado pela oposição como vitória nacional, ainda mais que as fronteiras entre partidos do governo e oposição estão definitivamente borradas, liberou geral, e todo mundo se coliga com todo mundo.
Junto da polarização clássica entre PT e PSDB, a próxima eleição entroniza outra – entre PT e PSB, partido aliados no plano nacional, mas que disputam espaços em Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, João Pessoa e etc. As tentativas de vôo solo do PSB – que já vinham, desde 2010, atraindo aliados no campo da oposição (vide a eleição de Ricardo Coutinho na Paraíba, junto com o DEM e PSDB) – acenderam um sinal amarelo nas hostes petistas, que passaram a adotar o mesmo expediente (vide a aliança com o PPS em João Pessoa).
As eleições em João Pessoa se coadunam com a novidade política nacional, não sendo difícil perceber, a partir daí, os motivos das dificuldades dos candidatos do PMDB (José Maranhão) e Cícero Lucena (PSDB) em acertar coligações sólidas, ao inverso de Estelisabel Bezerra (PSB) e Luciano Cartaxo (PT), que atraíram os partidos mais representativos. É como se de repente a verdadeira polarização política começasse a se esboçar entre os dois candidatos da esquerda, membros de uma mesma diáspora.
Jaldes Meneses
As eleições municipais serão de reiteração do sistema de partidos políticos vigentes – à exceção importante do Rio de Janeiro (RJ), município do qual a contenda principal se apresenta no inusitado duelo de Davi contra Golias, entre a amplíssima coligação de quase todos os partidos da base do governo federal, reunidos em torno do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e a novidade de Marcelo Freixo (PSOL), que mesmo sendo filiado a um partido antissistêmico, conseguiu denso apoio social, a exemplo dos compositores Caetano Veloso e Chico Buarque. Só o futuro dirá se nascerá algum movimento instituinte no Rio, ou se a polarização é simplesmente local.
Sem dúvida, a principal disputa sistêmica continua a acontecer em São Paulo, entre PT (Haddad) e PSDB (Serra), na qual o ex-presidente Lula ideou de fazer uma renovação de quadros do PT a partir do alto, jogando o prestígio de sua liderança em uma perigosa cartada. Qual? Não há dúvida que o PT será o partido que mais vai crescer em números absolutos, contudo, qualquer deslize (bastante provável) na “jóia da coroa”, será saudado pela oposição como vitória nacional, ainda mais que as fronteiras entre partidos do governo e oposição estão definitivamente borradas, liberou geral, e todo mundo se coliga com todo mundo.
Junto da polarização clássica entre PT e PSDB, a próxima eleição entroniza outra – entre PT e PSB, partido aliados no plano nacional, mas que disputam espaços em Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, João Pessoa e etc. As tentativas de vôo solo do PSB – que já vinham, desde 2010, atraindo aliados no campo da oposição (vide a eleição de Ricardo Coutinho na Paraíba, junto com o DEM e PSDB) – acenderam um sinal amarelo nas hostes petistas, que passaram a adotar o mesmo expediente (vide a aliança com o PPS em João Pessoa).
As eleições em João Pessoa se coadunam com a novidade política nacional, não sendo difícil perceber, a partir daí, os motivos das dificuldades dos candidatos do PMDB (José Maranhão) e Cícero Lucena (PSDB) em acertar coligações sólidas, ao inverso de Estelisabel Bezerra (PSB) e Luciano Cartaxo (PT), que atraíram os partidos mais representativos. É como se de repente a verdadeira polarização política começasse a se esboçar entre os dois candidatos da esquerda, membros de uma mesma diáspora.
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