UEPB de parabéns
Jaldes Meneses
O governador Ricardo Coutinho tomou a única decisão correta que poderia ter tomado: nomeado Antônio Rangel Júnior reitor da UEPB. Está de parabéns. Havia uma torcida do quanto pior melhor vinda dos eternos pescadores em águas turvas. O intento indisfarçável era criar uma nova crise em Campina Grande e na Paraíba, contudo neste caso por um hipotético motivo inteiramente justificável. Por exemplo, no exato momento em que escrevo este artigo, a comunidade universitária da PUC-SP encontra-se em greve, contrária à decisão da diocese de São Paulo em nomear um segundo nome na lista tríplice que foi enviada pelo Conselho Universitário ao Arcebispo Metropolitano.
Tanto em São Paulo como aqui na Paraíba, escutei argumentos de que o bispo ou o governador tinham prerrogativas de nomear qualquer um dos nomes da lista tríplice. É falso. Falou-se até que só no Brasil se faz eleição direta de reitor. Realmente, quem fala isso nada conhece da história da Universidade: nos tempos medievais, aliás, quem escolhia o Reitor eram os estudantes. E digamos que só exista eleição de Reitor no Brasil, qual o problema? Deve-se examinar a experiência em si. Conheço o processo de eleição direta de dirigentes universitários por dentro, e dou o meu testemunho: as eleições contribuíram com a ascensão das melhores lideranças acadêmicas e universitárias. As eventuais exceções apenas confirmam a regra.
Questionar o princípio consuetudinário que foi se formando na Universidade brasileira de que o governante deve nomear o primeiro nome da lista, no fundo, trata-se de argumento de quem desconhece tanto a universidade como a história contemporânea do Brasil. Embora uma universidade confessional, a PUC desde os anos 1970 é participe do processo de democratização do ensino superior, encabeçado pelas Universidades Federais. Portanto, a questão de nomeação do reitor eleito diz respeito ao próprio caráter da instituição: até a pouco, a PUC-SP – Universidade na qual estive tantas vezes em seminários e reuniões e na qual privo de várias amizades – era uma universidade pública não estatal. Depois do ato desatinado do Arcebispo de nomear o segundo da lista, tornou-se uma nova instituição, agora confessional e privada.
Mas voltemos a UEPB. Conheço a mais ou menos trinta anos os três principais personagens da contenda de nomeação do novo Reitor da UEPB, a reitora Marlene Alves, o novo Reitor Rangel Júnior e o presidente da ADUEPB (Associação Docente), Cristovão Andrade. O meu antigo amigo Andrade tem méritos de liderança, perceptíveis desde os tempos de movimento estudantil em Ciências Sociais na UFPB, mas a legitimidade sem dúvida é por inteiro de Rangel Júnior.
Ainda mais: como desconsiderar a admirável gestão da Reitoria Marlene Alves, que vem sendo tão injustamente criticada? Arisco a dizer que a UEPB é uma antes e depois da gestão de Marlene Alves, basta ver a inauguração ontem do Museu dos Três Pandeiros (Museu de Arte Popular, MAP), obra de Niemeyer que marcará doravante a paisagem urbanística de Campina Grande.
Quero falar um pouco mais de Marlene. Ela sai de cabeça erguida da UEPB, a Universidade que logrou, junto com muitos outros abnegados, transformar. A sórdida campanha denuncista assacada contra ela nos últimos dias, em rádio, televisão e jornal, não surtiu efeito. Marlene é ousada, expandiu a Universidade, pensou projetos, ampliou a pós-graduação e a pesquisa. Uma análise insuspeita precisa periodizar a UEPB em antes e depois de Marlene. O mundo precisa das pessoas ousadas.
O governador Ricardo Coutinho tomou a única decisão correta que poderia ter tomado: nomeado Antônio Rangel Júnior reitor da UEPB. Está de parabéns. Havia uma torcida do quanto pior melhor vinda dos eternos pescadores em águas turvas. O intento indisfarçável era criar uma nova crise em Campina Grande e na Paraíba, contudo neste caso por um hipotético motivo inteiramente justificável. Por exemplo, no exato momento em que escrevo este artigo, a comunidade universitária da PUC-SP encontra-se em greve, contrária à decisão da diocese de São Paulo em nomear um segundo nome na lista tríplice que foi enviada pelo Conselho Universitário ao Arcebispo Metropolitano.
Tanto em São Paulo como aqui na Paraíba, escutei argumentos de que o bispo ou o governador tinham prerrogativas de nomear qualquer um dos nomes da lista tríplice. É falso. Falou-se até que só no Brasil se faz eleição direta de reitor. Realmente, quem fala isso nada conhece da história da Universidade: nos tempos medievais, aliás, quem escolhia o Reitor eram os estudantes. E digamos que só exista eleição de Reitor no Brasil, qual o problema? Deve-se examinar a experiência em si. Conheço o processo de eleição direta de dirigentes universitários por dentro, e dou o meu testemunho: as eleições contribuíram com a ascensão das melhores lideranças acadêmicas e universitárias. As eventuais exceções apenas confirmam a regra.
Questionar o princípio consuetudinário que foi se formando na Universidade brasileira de que o governante deve nomear o primeiro nome da lista, no fundo, trata-se de argumento de quem desconhece tanto a universidade como a história contemporânea do Brasil. Embora uma universidade confessional, a PUC desde os anos 1970 é participe do processo de democratização do ensino superior, encabeçado pelas Universidades Federais. Portanto, a questão de nomeação do reitor eleito diz respeito ao próprio caráter da instituição: até a pouco, a PUC-SP – Universidade na qual estive tantas vezes em seminários e reuniões e na qual privo de várias amizades – era uma universidade pública não estatal. Depois do ato desatinado do Arcebispo de nomear o segundo da lista, tornou-se uma nova instituição, agora confessional e privada.
Mas voltemos a UEPB. Conheço a mais ou menos trinta anos os três principais personagens da contenda de nomeação do novo Reitor da UEPB, a reitora Marlene Alves, o novo Reitor Rangel Júnior e o presidente da ADUEPB (Associação Docente), Cristovão Andrade. O meu antigo amigo Andrade tem méritos de liderança, perceptíveis desde os tempos de movimento estudantil em Ciências Sociais na UFPB, mas a legitimidade sem dúvida é por inteiro de Rangel Júnior.
Ainda mais: como desconsiderar a admirável gestão da Reitoria Marlene Alves, que vem sendo tão injustamente criticada? Arisco a dizer que a UEPB é uma antes e depois da gestão de Marlene Alves, basta ver a inauguração ontem do Museu dos Três Pandeiros (Museu de Arte Popular, MAP), obra de Niemeyer que marcará doravante a paisagem urbanística de Campina Grande.
Quero falar um pouco mais de Marlene. Ela sai de cabeça erguida da UEPB, a Universidade que logrou, junto com muitos outros abnegados, transformar. A sórdida campanha denuncista assacada contra ela nos últimos dias, em rádio, televisão e jornal, não surtiu efeito. Marlene é ousada, expandiu a Universidade, pensou projetos, ampliou a pós-graduação e a pesquisa. Uma análise insuspeita precisa periodizar a UEPB em antes e depois de Marlene. O mundo precisa das pessoas ousadas.
Comentários