Vinícius de Moraes: meu tempo é quando
Artigo também postado, em versão resumida, no portal wscom.com.br Jaldes Reis de Meneses Entre as muitas histórias que se pode contar de Vinicius de Moraes (1913-1980) – cujos 30 anos de morte o Brasil lembrou há poucos dias (sexta-feira, 09/07) e cujo centenário de nascimento se dará daqui a três anos –, começo com uma que reúne em único ato política e poesia. O folclore do poeta é vastíssimo, de modo que procurarei me abster de temas como a bebida, os amores e o modo de viver da zona sul carioca. Muitas vezes, o folclore lança brumas, obscurece a recepção da obra daquele que é sem favor um dos sete principais poetas modernos brasileiros do século XX, quase ou no mesmo nível de Drummond, Cabral, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Jorge de Lima e Murilo Mendes. Ao que parece, o poeta recebeu a notícia de cassação do Itamaraty, em visita à casa de sua mãe no Brasil, na esteira da edição do AI-5. Em seguida, em 1969, certamente para arranjar a vida nova, viajou em excursão a Portugal, on
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