Borgiano
Jaldes Reis de Meneses
Toda poesia é igual, diferentes são os poetas:
Exilada na pedra, a poesia se perdeu
Num labirinto pretensioso da memória,
Este objeto do disfarce humano que vive através do encanto
Involuntário das impurezas brancas, de uma macha de sorvete
Na manga da camisa.
Percorro as minhas mãos, em suas linhas o labirinto.
A poesia, quando vale à pena, apenas os palhaços a podem compreender.
Odes, baladas, elegias, e restou muito pouco, somente Beatriz,
Mas quem é Beatriz? Quem é Laura? Quem é Dante? Quem é Petrarca?
Para que serve um soneto, mas também qual a importância de um maçarico?
A chama acesa de um maçarico na pedra
Produzindo metáforas, sempre a mesma granítica mensagem:
O tempo é a estrada, a vida é o sonho e a morte é o sono.
Mas quem é Beatriz? Quem é Laura? Quem é Dante? Quem é Petrarca?
Para que serve um soneto, mas também qual a importância de um maçarico?
A chama acesa de um maçarico na pedra
Produzindo metáforas, sempre a mesma granítica mensagem:
O tempo é a estrada, a vida é o sonho e a morte é o sono.
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