BACANAL
Manuel Bandeira
Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!
Lá-se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em douro assomo...
Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venosos...
Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
Alem de versos e mulheres?...
- Vinhos!... o vinho que é o meu
fraco!...
Evoé Baco!
O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo!...
Evoé Momo!
A Lira etérea, a grande Lira!...
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Venus!
In: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida Inteira. Livro Carnaval (Poesia Reunida) . Rio de Janeiro, José Olympio, 1986, p. 45.
Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!
Lá-se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em douro assomo...
Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venosos...
Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
Alem de versos e mulheres?...
- Vinhos!... o vinho que é o meu
fraco!...
Evoé Baco!
O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo!...
Evoé Momo!
A Lira etérea, a grande Lira!...
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
Evoé Venus!
In: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida Inteira. Livro Carnaval (Poesia Reunida) . Rio de Janeiro, José Olympio, 1986, p. 45.
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