Kant e Reginaldo Rossi
Jaldes Meneses Reginaldo Rossi é um homem de sorte: teve a ventura de morrer no século XXI, no último mês deste belo ano de 2013. Tivesse o infortúnio de morrer naquele acidente de automóvel ocorrido em 1995, por coincidência que felizmente não houve, teria ido embora da mesma maneira trágica de Chico Science – este indo numa madrugada do pré-carnaval de Olinda. Teria sido certamente enterrado numa vala comum, acompanhado da gente popular de Recife e do Nordeste, sem dúvida, mas jamais teria mais de trinta segundos de notícia em rede nacional. Muito distante, portanto, da comoção bonita e sincera que se vê hoje. Há verdade em todos os necrológios que li a respeito de Reginaldo Rossi. Mas também há algo de falso e dirigido, no sentido intentam-se a uma ascensão de novos ritmos, gostos e caminhos na música popular, no mesmo instante em que o bloco histórico da MPB definidamente se exauriu e, por outro lado, a música no Brasil continua sendo este inesgotável manancial de talento e so