Diário da corte
Jaldes Reis de Meneses Planejava escrever um artigo a respeito do livro de seleção de artigos de Paulo Francis na Folha de S. Paulo recém-reunidos pelo jornalista paulista Nelson de Sá (Diário da corte, Editora Três Estrelas, 2012), que me causaram uma péssima impressão, quando por acaso (nem tanto ao acaso, pois criei o hábito de ler impreterivelmente a sua coluna semanal às quartas-feiras no jornal O Globo), o grande Francisco Bosco (aos que não têm referência, filho do compositor e músico João Bosco, tão grande quanto o pai), revela também a sua decepção recente com o Francis (Bosco, pelo que sei, não chegou ainda aos 40 anos), principalmente o conteúdo provinciano e superficial (muitas referências e poucos cortes verticais, visando impressionar os incautos) de seus artigos. Caetano Veloso, uma espécie de contraponto polêmico às diatribes de Francis à época, embora desafeto, já havia escrito – também em uma coluna, dominical, em O Globo – que, apesar de tudo, Paulo Francis era uma