Tempos de Marighella
Jaldes Reis de Meneses Novembro tem sido o mês de Carlos Marighella (lançamento de biografia, filme documentário e anistiado oficialmente pela Comissão da Verdade). Com efeito, “o guerrilheiro que incendiou o mundo”, na forma do subtítulo da densa e intensa biografia escrita por Mário Magalhães (ex-ombudsman da Folha de S. Paulo, que largou o emprego para se dedicar por nove anos à pesquisa recém lançada em livro), caso estivesse vivo seria um senhor idoso de 101 anos de idade completados também novembro. Devaneio meu, pois é de domínio público que Marighella, cabra mais do que marcado para morrer, proclamado oficialmente o “inimigo público número um” pelos militares, só seria um sobrevivente se existisse milagres na terra em que Deus nasceu, mas foi abandona por ele à própria sorte. À minha coleção de biografias preferidas, o Jesus e Paulo de Ernest Renan, o Napoleão de Stendhal e o Trotsky de Isaac Deutscher, venho a acrescentar o livro de Mário Magalhães (Marighella, o guerrilhe