A história se abriu em Cuba
Jaldes Meneses email: jaldesm@uol.com.br A partir da semana passada, a história do século XXI começou a se abrir em Cuba. Nunca defendi Cuba com base no pobre argumento, às vezes sincero, outras vezes hipócrita, do escritor Fernando Morais, repetido ad nauseam por outros defensores: aquele que ao contrário dos demais países latino-americanos, toda noite as crianças vão dormir bem-alimentadas e agasalhadas na Ilha. Repórteres e biógrafos dificilmente conhecem Marx - um autor muito citado, pouco lido e menos entendido ainda, até por marxistas. A gente não quer só comida, versejava Arnaldo Antunes em meus tempos de juventude perdida. Em Marx, ao contrário do que se pensa o marxismo vulgar, o grande valor da sociedade regulada (a bela expressão de Gramsci para designar o comunismo) é a liberdade e não a igualdade. Quem se der à pachorra de ler com atenção a “Crítica ao programa de Gotha”, uma obra clássica para entender o socialismo e o comunismo em Marx, perceberá que o no