Bossa Nova
De volta à bossa nova. Assisti coisa de 15 dias a entrevista de Carlinhos Lyra no "Roda Viva". Presentes, Sérgio Cabral, Tarik de Souza e Ruy Castro. Engraçado, os três mais o entrevistado pouco se entenderam sobre o batido assunto das origens da bossa nova. Achei Sérgio Cabral restrito, muito ligado ao samba, fazendo de conta que a galera pouco estava de olho no jazz. Aliás, mais que no jazz, o pessoal originário da bossa nova estava atento à canção americana e, principalmente Tom Jobim, no impressionismo francês. Para mim, a canção de Jobim sempre flertou com um realismo impressionista, mais plástico que propriamente musical, sei lá, um misto de Cézanne e o velho Debussy. O lado brasileiro veio pelo violão de Vila-Lobos, mais que qualquer outra influência estritamente popular. Resta dizer que embora Tom Jobim seja um bossanovista genial, ele não é o mais típico (tipicidade é mesmo com João Gilberto), inclusive por que percorreu muitas sendas em sua carreira, se aproximando,